sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Vai minha tristeza.

Vai mnha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser.
Diz-lhe numa prece que ela regresse porque eu não posso mais sofrer.
Sempre pensei no significado da morte e em como me sentiria diante da mesma , mas, percebi que nunca a mensurei com o devido respeito.
A morte fere, machuca profundamente quem fica, desola.
As lembranças maltratam.
Os sonhos nunca mais serão realidade.
O olhar se perde.
Chorar?
Não vai trazer ninguém de volta.
O motivo?
Ninguém sabe.
A hora do último suspiro?
É o inicio de muitos soluços.
As respostas nunca serão encontradas, Deus nem sempre conforta.
As dúvidas se multiplicam.
Os caminhos se perdem.
As noites não passam, os dias sim.
Os ideais viram ideias que vagam sem rumo.
A saudade surge nos momentos mais inoportunos.
A saudade chega junto com a tristeza.
Faz falta um sorriso.
Faz falta um abraço.
Faz falta todos os momentos, mesmo aqueles mais ínfimos aos quais nem notamos.
A certeza da separação.
Descanse em paz, não, pra quem fica, perder a paz.
A vida continua contínua, a dor vira saudade, com a saudade vem as lembranças, meras fotografias guardadas na memória, um filme de nossas vidas diante dos olhos, dura poucos segundos, um filme de imagens turvas, molhadas. O único filme que não desejaria ver em minha vida.
Viver com a certeza de que nunca mais encontrarei quem tanto amei, sabendo que fará falta cada detalhe, cada instante, cada palavra, cada som, cada momento...
Quem irá substituir o vazio?
Só espero que um dia eu vá me juntar a todos que me deixaram , deixando muitos do jeito que hoje me encontro, fazendo parte de um ciclo, o ciclo da vida.
V.A.

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