segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Encontro

Olho para o relógio ofegante e vejo que estou atrasada quinze minutos, tomara que ele não tenha ido embora, só mais duas quadras e estarei em frente ao restaurante mais caro da cidade. Mal posso esperar para ver a cara do europeu solitário, acho que desta vez encontro um amor de verdade. Enquanto cruzava a segunda quadra meu coração disparou, será que ele irá gostar de mim? Pareceu ser gente boa, ainda tenho que agradecer á clara por ter escrito a carta por mim, minha cabeça estava á mil. Pronto lá estava eu, parada em frente ao restaurante lê cheff, doméstica, 25 anos, maquiagem barata, fingindo ser o que não era. Respirei fundo, arrumei o cabelo e entrei.
Fui caminhando lentamente como se estivesse desfilando, cheguei á mesa onde se encontrava o homem de terno escuro e gravata verde. Olhei-o nos olhos , sorriu, puxou a cadeira para eu me sentar, tratou-me igual á uma rainha, o jantar foi ótimo tomamos vinho e no dia seguinte meu corpo foi encontrado no lixão próximo a cidade. Ele foi a minha chance de amar e eu fui apenas mais uma de suas vitimas.

m.p.m.

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